Recentemente, eu e o Lucas fizemos uma viagem para a Praia da Pinheira, em Santa Catarina. Lá conhecemos dois jovens argentinos que acabaram por se tornar grandes amigos nossos nos dias que passamos lá. Discutindo sobre as nossas diferenças inerentes de sermos de países distintos, eles mencionaram algo sobre um grupo social argentino. Eles falaram algo sobre jovens que usavam roupas características, que ouviam músicas características e que dançavam danças características. Não sabíamos nada a respeito dessa moda que para os nossos amigos era tão natural. Quando retornamos, decidimos buscar informação. E foi assim que descobrimos os floggers.
A marca registrada são as “pantalones chupines”, que são calças compridas apertadas desde as canelas até a cintura, comumente jeans ou de ginástica. Muito importante também são as “zapatillas”, ou tênis (geralmente da Nike) de sola lisa e baixa, ideais para dançar (mais tarde eu retorno ao bailado dos floggers). Além disso, é importante ressaltar as franjas cobrindo boa parte do rosto e as camisetas de gola em V de cores vibrantes.
Entre as músicas favoritas de qualquer floggers, dois estilos musicais serão facilmente identificados. Primeiro, a Cúmbia, que é uma música nacional típica da Colômbia mas que tem raízes africanas por ter sido originalmente desenvolvida por escravos colombianos trazidos da África. Em segundo lugar, mas não menos importante, tem-se as músicas Electro, que são as já conhecidas pelos brasileiros músicas eletrônicas.Além de tirar muitos auto-retratos e posta-los em seus fotologs, os floggers também são experts na dança. Mas não pense você que estou falando de uma dança qualquer. Um bom flogger é capaz de deixar qualquer incauto de queixo caído com seus rápidos movimentos. A dança peculiar dos floggers é marcada pelos constantes passos ligeiros e nenhum traço de fadiga aparente. Não pegou o espírito da coisa? Veja você mesmo e tente acompanhar o ritmo:
É fácil perceber a importância desse estilo de vida para muitos jovens. O difícil é entender como que mesmo hoje em dia não tenhamos notícias aqui no Brasil de movimentos tão marcantes na juventude dos nossos hermanos y vecinos argentinos
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